ALÉM DA ORTOPEDIA
A vida de um médico não se resume aos desafios diários que os pacientes e seus problemas impõem. Muitos procuram atividades físicas como uma maneira de aliviar o stress diário da profissão e permitir manter uma qualidade de vida. E, alguns deles vão além e buscam novos horizontes além da Medicina. O Dr. Lisandro Pavan, especialista em Coluna da Clínica da Marquês, é um exemplo disso e encontrou na corrida de rua uma maneira de ter mais saúde física e mental.
A corrida está presente na vida de Lisandro desde a adolescência, porém os estudos de Medicina, a residência médica em Ortopedia e em Cirurgia de Coluna e os plantões dos primeiros anos de trabalho em Caxias do Sul-RS o afastaram daquilo que é hoje muito mais que uma atividade física e, sim, um estilo de vida. O impulso inicial para isso partiu de sua esposa, Cristiane Pavan, que ao superar um tumor de mama, estimulou o seu marido a adotar esse esporte no seu dia a dia.
Os primeiros passos ocorreram em uma prova de 10km e, a partir daí, iniciou uma série de treinamentos específicos sob assessoria. O início dessa nova era foi coroado, em 2013, ao completar a maratona de Nova York (foto). Lisandro não parou por aí e conquistou um feito inédito para qualquer outro gaúcho e, hoje, é detentor de uma medalha que só quem completa as 06 grandes maratonas do mundo tem (Chicago, 2014; Berlim, 2015; Boston, 2017; Tóquio, 2018; Londres, 2018)– “World Marathon Majors”.
A força de vontade e o desejo de querer mais tornaram Lisandro em um ultramaratonista e, em 2016, ele completou os 89 km da famosa ultramaratona "Comrades", na África do Sul, que é a maior e mais antiga corrida de ultramaratona do mundo. Desde então, o ortopedista ultramaratonista já completou 04 vezes esta prova. Hoje, ele é comendador da ultramaratona "Caminhos de Caravaggio" e tem em seu currículo 01 Travessia Torres Tramandaí solo (82 km), 01 “Summer” 48km, 02 “Up Hill” Serra do Rio do Rastro, 03 super maratonas de Rio Grande (50km) e 01 “Two Oceans”.
Assim como a Medicina, a corrida possibilita ao médico a ajudar outras pessoas e Lisandro adverte que “chegar na linha de largada é muito mais difícil do que chegar na linha de chegada” e o mais importante é “jamais desistir, pois é preciso coragem para enfrentar e para vencer”. Hoje, ele é um exemplo a seus pacientes e a outros colegas médicos.