A hérnia discal lombar consiste de um deslocamento do conteúdo do disco intervertebral - o núcleo pulposo - através de sua membrana externa, o ânulo fibroso. Dependendo do volume de material herniado, poderá haver compressão e irritação das raízes lombares, ocasionado a dor conhecida como radiculopatia (ciática)
Ocorre, principalmente, entre a quarta e quinta décadas de vida e é mais comum no sexo masculino.
A história natural da ciática por hérnia de disco é de resolução progressiva dos sintomas em torno de quatro a seis semanas. Por essa razão é que o tratamento inicial deve ser conservador, explicando ao paciente que o processo tem um curso favorável.
A hérnia de disco lombar é uma condição que apresenta natureza benigna; a finalidade do tratamento é aliviar a dor, com retorno precoce às atividades da vida diária e ao trabalho. Pacientes jovens, com leve déficit neurológico, hérnias pequenas e com pouca ou nenhuma degeneração discal seriam os que melhor se beneficiariam do tratamento conservador.
A crise de ciática pode ser tão severa a ponto de incapacitar o paciente e, nesse momento, o tratamento deve reduzir gradativamente a dor, evitando o repouso absoluto. Os AINES são os medicamentos que mais devem ser utilizados, associados a analgésicos (conforme o grau da dor), corticoesteroides e fisioterapia.
De uma maneira geral, as indicações do tratamento cirúrgico são síndrome de cauda equina, dor que não responde ao tratamento conservador por pelo menos por seis semanas e dor radicular associada à estenose foraminal.