A Síndrome do Impacto no Ombro é uma das causas mais comuns de dor no ombro, sendo uma patologia inflamatória e degenerativa, que é caracterizada por dor e limitação funcional, podendo afetar pessoas de todas as idades, mas, principalmente, acima dos 40 anos.
As estruturas mais afetadas na síndrome do impacto são os músculos do manguito rotador, sobretudo o tendão supraespinhal, o tendão do bíceps (cabo longo), a bursa subacromial e a articulação acromioclavicular.
Os achados mais comuns são de tendinites, bursite, rupturas parcial ou total dos tendões e artrose acromioclavicular.
Não há uma causa única, mas sim diversos fatores associados, como a atividade laboral e esportiva (tarefas que incluem vibração ou movimentação constante do braço em 90 graus ou acima do nível do ombro), traumas locais, presença ou não de degeneração articular e tendínea e a anatomia do acrômio (plano ou curvo - ganchoso), como por exemplo, na presença de "os acromiale".
Os sintomas clássicos são dor e perda de força no membro acometido.
O diagnóstico é confirmado através de exames de imagem - Rx, ecografia e ressonância nuclear magnética.
O tratamento conservador está indicado para os casos em que não há roturas totais do manguito rotador. Nas roturas completas ou nos casos em que não há resposta ao tratamento conservador, está indicada a cirurgia (via aberta ou artroscópica - mais, utilizada, atualmente).
O manejo clínico baseia-se em cuidados dos hábitos de vida (evitar movimentos acima do nível do ombro), fisioterapia e medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Casos de bursite/tendinite podem ser tratados por meio de infiltrações com corticoesteroides.