Um tendão pode sofrer um processo inflamatório (tenossinovite) agudo ou crônico com degeneração associada e que poderá evoluir a uma ruptura.

Geralmente, a tenossinovite é um processo evolutivo: a inflamação aguda torna-se crônica, o tendão entra em degeneração, enfraquece e rompe.

Ao nível do pé e tornozelo, podem haver inflamações nos tendões fibulares, extensores, tibiais anterior e posterior além do tendão do calcâneo (conhecido como tendão de Aquiles).  Os sintomas são típicos, com dor e edema em topografia destes tendões.

Os tendões fibulares curto e longo estão localizados, posteriormente, ao maléolo fibular e podem sofrer processo inflamatório pós um entorse ou estar associado a alterações no formato do pés, como no pé cavo-varo.

O tendão tibial anterior e os tendões extensores dos dedos (incluindo, o extensor do hállux) estão localizados na face anterior do tornozelo e podem sofrer processo inflamatório pós longas caminhadas ou subir/descer escadas repetidas vezes. O tendão tibial posterior está localizado, posteriormente, ao maléolo tibial e pode estar afetado, sobretudo, em mulheres acima dos 40 anos. Nos casos mais avançados da inflamação deste tendão, o paciente pode começar a desenvolver a complicação da insuficiência deste tendão - pé plano adquirido do adulto.

A inflamação do tendão de Aquiles pode estar associada a algumas patologias sistêmicas, como o diabetes e o sobrepeso, ou à utilização de determinados tipos de calçados, como saltos altos. Em casos mais crônicas, podem haver calcificações junto ao tendão e a formação do famoso "esporão do calcâneo". 

A grande maioria das tenossinovites é passível de manejo conservador, estando baseado no uso de antiinflamatórios via oral, crioterapia , repouso de determinadas atividades, alongamentos, readequação de calçados e fisioterapia.